quinta-feira, 29 de abril de 2010

Uma tarde

Poderia ser uma tarde qualquer, mas não era...
Você estava deitada em meus braços, imóvel e olhávamos um para o outro...
Estranhamente, minhas preocupações e problemas pareciam distantes. O passado, naquele momento, era realmente passado. O futuro não existia. Existia apenas a imensidão daqueles olhos castanhos, grandes e profundos. Você me disse que tinha medo de nutrir esperanças maiores do que realmente elas poderiam ser, tinha medo também de me magoar ou de não poder dar a felicidade que me foi tirada inúmeras vezes. Eu toquei delicadamente em seus lábios, silenciando-a, e pensei em dizer:
"Talvez, eu não precise de toda a felicidade que me foi negada, a felicidade que você me proporciona já é suficiente. Talvez as esperanças que você teme nutrir, sejam as esperanças de um futuro que pode nem vir a acontecer pois, a única esperança que eu tenho é a de te ver novamente no dia seguinte e o medo que você tenha de me magoar, só prova o quanto o nosso sentimento é verdadeiro e que tudo o que queremos seja a companhia um do outro"

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