quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eu estava lá...

com as mãos nos bolsos, indeciso, não sabia o que dizer. Faltavam cinco minutos para que ela saísse da aula, eu não conseguia simplesmente reunir coragem de dizer o que eu tinha que dizer. Queria que fosse simples: "Oi Hadassa, eu desisti de um emprego fora do país por você. Mas relaxa, sem pressão".
Eu me senti um idiota apaixonado, de repente eu estava desistindo de tudo por uma mulher, algo que eu prometi a mim mesmo nunca mais fazer. E estava fazendo novamente, me entregando de bandeja feito um cordeirinho...
Mas como eu poderia não fazer isso? Se é por causa dela que eu acordo todos os dias? Se é o sorriso dela que me ilumina a alma? Se é ao lado dela que eu quero ficar pro resto da minha vida?
Simplesmente não o fiz, ela saiu e nós conversamos sobre mil coisas hilárias (outras nem tanto) dos nossos dias...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Primadonna - As Folhas

Já não quero ser o que eu queria ser antigamente.
Já não ando mais com os mesmos amigos infelizmente.
Já não tenho mais a mesma idade, aparentemente.
E não fico esperando que as coisas aconteçam na minha frente.

Mas você... você não sai da minha cabeca.
Não importa o tempo.
Muito menos os outros
Você é a minha única certeza

As folhas vão cair quando o tempo passar
E ao meu amor por você, só resta aumentar.
Se acaso o céu sumir pode o mundo acabar
o meu amor por você, só resta aumentar

Já não corro mais desesperado atrás de qualquer coisa.
Já não quero mais ter tudo que não tenho, tô numa boa.
Não deposito mais tanta confiança em qualquer pessoa.
Sou mais impulsivo, menos preocupado, o tempo voa.

Não é como chuva de verão
Não é passageiro não.
É como uma flecha no fundo do peito.
Dentro do meu coração.
Eu sei, não dá mais pra esconder
Então eu vou gritar pra todo mundo ouvir
Que é você!!!! Você!!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Era um sonho....

...como vários em que eu havia estado. Meu passado voltando para me assombrar, durante mais uma noite.....

"Era uma tarde chuvosa e quente. Minha munição estava acabando, ao meu redor jaziam inimigos e companheiros. Mortos ou agonizantes. Eu estava cercado e atirava nos mais próximos, evitando desperdiçar munição. Ouvi o clique seco da arma quando a munição acabou, ao meu redor ecoavam gritos de dor e ódio. Sem mesmo pensar, saquei minha pistola. Seriam apenas seis tiros e tudo estaria acabado. Um impacto nas costas trouxe dor e a sensação de umidade para dentro do meu traje de combate, eu havia sido atingido. Me virei e atirei (um reflexo automático, diversas vezes treinado). A munição se esgotou, minhas forças estavam no fim, eu poderia me render mas o ódio começava a me dominar. Ainda sem raciocinar claramente eu saquei um enorme facão de sua bainha em minhas costas e uma faca recurva de outra bainha em meu ombro direito. Parti para o combate corpo-a-corpo, eu golpeava, estocava e perfurava. Ao mesmo tempo, senti outros impactos percorrerem meu corpo; alguns perfuravam a blindagem do traje, outros não. A carnificina havia terminado, eu estava só. Estava morrendo, eu sabia. Subitamente um clarão e um estrondo me arremessaram contra o chão, eu havia sido atingido por um morteiro. Me arrastei e me apoiei contra a parede, olhei para o céu cinzento, a chuva caía em meu capacete mas, o visor impedia que ela molhasse meu rosto. Baixei meus olhos e para o meu espanto eu estava cercado novamente, mas não por inimigos, todos aqueles que haviam lutado ao meu lado estavam lá, mesmo aqueles que já haviam morrido. E não só eles, mas haviam várias pessoas que eram parte do meu passado, pessoas a quem eu havia amado, pessoas que eram importantes na minha vida. Todos olhavam para mim: a garota grega que havia me trazido de volta à felicidade, o amigo que esteve ao meu lado mesmo quando eu estive errado, a garota ruiva que havia lutado ao meu lado durante anos a fio e uma outra pessoa também, uma garota de cabelos negros e pele branca, cujos olhos faziam com que eu perdesse o medo de ser feliz.
Foi ela que saiu do meio da multidão, estranhamente a chuva não molhava essa pessoa. Ilusão talvez? Alucinação, concerteza mas mesmo assim não menos agradável e bem vinda. Ela se ajoelhou ao meu lado, retirou meu capacete e me olhou nos olhos. Eu me inclinei para trás, afim de receber a chuva diretamente. Era fria. Mas as mãos quentes dela me tocaram o rosto, trazendo de novo meus olhos ao nível dos dela, ela me beijou os olhos e delicadamente pousou seus lábios no meu rosto, dizendo:
"Acabou, você está seguro agora. Eu estou aqui com você"

Vagarosamente, eu escorreguei para a vastidão da morte, ainda com aquelas palavras ecoando em meus ouvidos:
"Acabou, você está seguro agora. Eu estou aqui com você..."

E essa era toda a verdade que havia no mundo...

Uma tarde

Poderia ser uma tarde qualquer, mas não era...
Você estava deitada em meus braços, imóvel e olhávamos um para o outro...
Estranhamente, minhas preocupações e problemas pareciam distantes. O passado, naquele momento, era realmente passado. O futuro não existia. Existia apenas a imensidão daqueles olhos castanhos, grandes e profundos. Você me disse que tinha medo de nutrir esperanças maiores do que realmente elas poderiam ser, tinha medo também de me magoar ou de não poder dar a felicidade que me foi tirada inúmeras vezes. Eu toquei delicadamente em seus lábios, silenciando-a, e pensei em dizer:
"Talvez, eu não precise de toda a felicidade que me foi negada, a felicidade que você me proporciona já é suficiente. Talvez as esperanças que você teme nutrir, sejam as esperanças de um futuro que pode nem vir a acontecer pois, a única esperança que eu tenho é a de te ver novamente no dia seguinte e o medo que você tenha de me magoar, só prova o quanto o nosso sentimento é verdadeiro e que tudo o que queremos seja a companhia um do outro"

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Manual do amigo

Dê um beijo. Um abraço. Um passo em sua direção.
Aproxime-se sem cerimônia. Dê um pouco de calor, do seu sentimento.
Assente-se bem perto e deixe-se ficar, algum tempo ou muito tempo,
Não conte o tempo que você passa com os amigos. Aprenda a burlar a superficialidade.
Sonhe, sem duvidar.
Liberte um imenso sorriso.
Rasgue o preconceito.
Olhe nos olhos.
Aponte um defeito, com jeito.
Respeite uma lágrima.
Ouça uma história, ou muitas, com atenção.
Escreva um email e mande.
Irradie simplicidade, simpatia, energia!
Não espere ser solicitado, preste um favor.
Lembre-se de um caso. Converse sério ou fiado. Conte uma piada.Ache graça.
Ajude a resolver um problema.
Pergunte: Por quê? Como vai? Como tem passado?
Que tem feito de bom? Que há de novo?
E preste atenção.
Sugira um passeio, um bom livro, um bom filme,
Ou mesmo um programa de televisão.
Diga, de vez em quando: desculpe, muito obrigado, não tem importância,
Que se há de fazer, dá-se um jeito.
Tente, de alguma maneira.
E não se espante se a pessoa mais feliz for você...!!!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Manual de sobrevivência para Gamers casados

(UHUL ESCAPEI)

Atualização 17/08/2010
(É, parece que eu não escapei MUAHAHAHAHA')
Fim da atualização

Este manual tem o intuito de abordar e, se possível, ajudar os colegas em um problema universal conhecido como “Sou casado mas gosto de jogar” porém, as soluções aqui apresentadas podem ser adaptadas para outras situações como “Sou casado e gosto de navegar na internet” e até mesmo “Sou casado e gosto de ler em silêncio”. Todos os leitores estão autorizados e publicar este conteúdo em qualquer meio desde que respeite o autor e preserve seu nome como criador do material.



Aparentemente, as esposas deste grupo especial de homens tem uma aversão desproporcional contra o passatempo favorito destes que são, em geral, homens pacíficos, caseiros e atenciosos. Faz-se necessário o seguinte adendo: durante o namoro, as soluções aqui apresentadas serão submetidas a um nível de dificuldade duplamente maior, em razão do casal estar experimentando o período de escolha. Se você está namorando e sua companheira não compreende sua paixão por jogos eletrônicos, e nenhuma destas sugestões solucionou seu problema prepare-se para tomar uma dura decisão: Abandonar uma de suas duas grandes paixões.



Razão porque as mulheres odeiam assistir os maridos jogando:

Para entender melhor as sugestões deste manual, convido todos a uma reflexão sobre a razão pela qual as mulheres odeiam assistir seus maridos jogando.



1. O jogo eletrônico é uma das poucas coisas que um marido pode fazer sozinho, e ao mesmo tempo na presença de sua mulher. É diferente de qualquer outra coisa que ele venha a fazer sozinho “longe dos olhos” dela. Mulher não suporta ser ignorada, ainda mais quando percebe que está sendo ignorada AO VIVO. Ignorar sua mulher numa mesa de bar, longe, depois do trabalho, é mais fácil que dentro de casa. Lembre-se disso.



2. As mulheres tem memória contextual. Elas não lembram o quanto você é distante ou alienado quando você está longe enchendo a cara com os amigos. Elas lembram disso quando você chega em casa bêbado. Jogar on-line é como chegar em casa bêbado constantemente, sem nunca ter saído. Elas olham para cara do marido e realizam, em 30 frames por segundo, que ele está alienado em outro lugar, desatento a quaisquer que sejam suas necessidades.



3. Pânico de solidão. Diferente dos homens, as mulheres tem menos resistência a solidão. Homens gostam de pescar, acampar e fazer viagens a lugares isolados SOZINHOS. Mulheres odeiam. Quando você está jogando, sua mulher experimenta a terrível sensação de ser abandonada sozinha NA PRESENÇA DO MARIDO.



4. Acima de tudo, o que mais irrita as mulheres e torna todas as discussões acerca deste tema completamente irracionais é o fato de que “jogar com amigos” é uma atividade LÚDICA, sem maldade, simples, segura, contra a qual a mulher tem praticamente zero argumentos negativos (afinal, seu marido está dentro de casa, não está?). Pois bem, quando uma mulher está irritada com algo, mas não sabe apontar a razão, ela tem que fantasiar uma razão. E todos sabem que a imaginação é muito fértil, especialmente quando diz respeito a estragar o dia de alguém.



Estabelecido o cenário emocional em que as “mulheres odeiam maridos que jogam”, nós avançaremos para as abordagens de contenção de danos. Algumas destas abordagens custam pouco ou nada, outras, custam caro (financeira ou emocionalmente), porém, segundo os mais avançados estudos na área, todas são funcionais.



Abordagens de Contenção

Tenham em mente que tudo deve ser feito guiado pelas seguintes diretrizes:



1. NUNCA peça desculpas por jogar. Peça desculpas por não leva-la para sair, ou esquecer o aniversário dela, mas NUNCA desculpe-se por fazer o que gosta (sendo que trata-se de algo inofensivo). Desculpar-se é munição para programação neurolinguística negativa, e tornará as reclamações dela ainda mais consistentes.



2. NUNCA trate seu passa-tempo como pecado ou algo de que tenha vergonha na presença dela. Mantenha-se firme. Se ela espernear pedindo atenção, pare (friamente), dê-lhe atenção, carinho, sexo, comida, dinheiro, o que vier ao caso, mas não faça isso como uma “compensação”. Mulheres sentem cheiro de culpa, e irão explorar esta brecha. Faça tudo “por querer”, e elas poderão apenas perceber “firmeza” e “intenção” no ato, e não compensação.



Imbuído do estado de espírito descrito acima, podemos finalmente estudar as abordagens de contenção em toda sua excelência:



(básico) Crie crédito preventivo: A primeira (e única) coisa que sua mulher faz quando quer reclamar do “marido que joga” é lembrar-lhe das coisas que ele não está fazendo enquanto joga. Desarme-a com antecedência! Estude-a, memorize as principais razões de chilique e providencie um crédito nestes aspectos. Ela gosta de sair, trate de dar umas voltas. Pediu mais romance, torne-se o Dom Juan durante um tempo. Tá se sentindo sozinha e desamparada? Alugue uns 3 romances mela-mela e assista com ela debaixo do cobertor, abraçadinho, e sem fazer piadinha, chorando se possível. Desta forma, quando você sentar seu valoroso traseiro em frente a seu jogo predileto, suas chances de ser perturbado diminuirão drasticamente. Uma mulher satisfeita é uma mulher desarmada.



(básico) Fale melhor dos amigos virtuais que dos amigos reais: Exato! Toda mulher no universo acredita que os amigos tem o poder paranormal de influenciar sua conduta. Portanto, torne os seus amigos de “joguinho” muito mais aceitáveis que seus amigos de trabalho por exemplo. Não precisa falar mal de seus amigos de trabalho, claro, mas você pode puxar sardinha para seus amigos de “joguinho”. Coisas como “Olha querida, que beleza, sabe aquele cara que te falei que era terceiro no ranking mundial e que sempre joga comigo? Pois é, apaixonou-se, casou-se, e sua mulher está esperando um filho. Você vê como é né… como a gente se apega as pessoas, mesmo sem nunca te-las visto antes”. Descubra o que sua mulher odeia em seus amigos, e logo saberá o que ela pensa ser “o amigo ideal”. Se esse amigo ideal não existir on-line, INVENTE-O.



(intermediário) Convença-a a compartilhar de algumas amizades de jogo: Sua mulher não precisa jogar para criar “empatia” por seus colegas. Alguns minutos ouvindo um Teamspeak aberto, e podendo dar pitaco em um ou outro assunto que estejam tratando (mulher adóóóra) e ela já irá olhar sua presença on-line com outros olhos. Lembrando que mulher NÃO SUPORTA ficar de fora, sentir-se excluída. Quanto mais importância ela der a suas amizades on-line, menos ela implicará com seu jogo! Ah, sim, apresente-a ao fórum. Mostre-lhe que há outras mulheres jogando (que você não conhece, claro) e que o jogo, na verdade, é apenas um “pretexto para discutir assuntos divertidos e fazer amizades” e que ELA TEM PASSAGEM LIVRE PARA PARTICIPAR DISTO SEMPPRE QUE DESEJAR. Se ela não quiser, problema dela, o importante é que ela sinta “que pode”!



(intermediário) Faça-a respeitar “seu amor” pelo jogo: Este é um grande desafio, talvez o maior. Fazer uma mulher (a sua mulher) compreender que “não importa o que ela acha do jogo” e sim “o que EU acho do jogo”. Mulheres são as campeãs em solicitarem que os homens entendam coisas exclusivas do universo feminino como TPM, flores, aniversário de noivado, etc. – esta é sua deixa para fazer o mesmo. Não cometa o erro de tentar convence-la a respeitar o jogo. Isto só acontece se ela começar a jogar (nível avançado). O grande lance é faze-la compreender que seus parâmetros são diferentes dos dela, que ambos são criaturas distintas, com necessidades distintas e que, assim como você respeita as misteriosas necessidades femininas, ela também TEM que compreender nossas misteriosas necessidades masculinas. Seja firme neste ponto – Se você não demonstrar a importância do tema (mesmo que seja pouca) sua mulher não dará a mínima, e isto significa aspirina amigo.



(avançado) Abdução: Nada compele uma mulher tão bem quanto dinheiro. Use isto a seu favor (se você tiver dinheiro, claro). Se sua mulher não se sente atraída ao jogo em si, crie uma ponte imaginária através do consumismo feminino – DÊ-LHE UM COMPUTADOR. Mas não presenteie-a com um 486 rodando o Win98 e Paciência – isso é tiro no pé. Mulher sente cheiro de coisa barata e vai saber, na hora, que você deu uma de unha de fome! Dê um belo de um computador ou então não dê nada. De preferência, um computador capaz de seduzi-la para o lado “jogador” da força. Ou ainda um laptop, que ela possa levar para quaisquer canto da casa (com net wireless) e usar até durante a novela. Claro que há chances de sua mulher jogar apenas paciência num computador de R$ 5.000,00 mas ESTE NÃO É O PONTO. Os pontos são:



A) Ela vai subliminarmente valorizar mais seu passa-tempo. Não propriamente o jogo, mas o tempo que você despende em frente ao computador. Porque o espírito consumista feminino dela estará afetado pela aquisição de um computador, fazendo uma relação inequívoca entre computador e prazer! Além disso, inevitavelmente, haverá ALGUMA COISA no universo da informática que a atraia (desde The Sims, MMORPG, Orkut, e, com algum talento seu como professor talvez um First Person Shooter) – a isto se dá o nome de valor agregado, isto é, o computador não apenas a trará para seu lado como também a manterá ocupada.



B) A existência de uma cadeira em frente ao computador é uma verdadeira armadilha. Sempre que ela pensar em te abordar com uma avalanche de reclamações sobre sua condição alienada, ela irá, claro, sentar ao seu lado, logo, no computador dela! Bingo. 50% do problema reduzido, porque ela irá antes ler e-mails, dar “olá” para as amigas no MSN e talvez, com alguma sorte, jogar um pouco de alguma coisa. Até ela acabar, você já jogou bastante.



(avançado) Terrorismo: Esposas de “homens que jogam” possuem memória volátil, e apresentam sintomas como amnésia seletiva, esquecendo-se sistematicamente de tudo (de pior) que seu companheiro poderia estar fazendo enquanto não estivesse jogando. A tática do terrorismo consiste em relembrá-la disso. Se todas as demais abordagens falharem, APRESENTE-A O REAL VALOR DAS COISAS. Como? Aja “normalmente”. Homens TÊM atividades individuais. Homens jogam futebol com os amigos, bebem com amigos de trabalho, homens vão a casa de amigos encher a cara, homens consolam e ajudam seus amigos a largar namoradas gostosas e safadas, homens gostam de pescar a 400km de casa, homens assistem vale-tudo ao vivo, enfim, homens fazem coisas muuuito piores (para as mulheres) que jogar joguinhos eletrônicos. Se sua mulher esqueceu disso, dê uma pausa no game, e ajude-a a fazer uma releitura de valores.



(super avançado) Mimimi: Sim, você também pode. Não são só as mulheres que tem o poder de fazer beicinho quando não conseguem o que querem. Se sua esposa é tão mimizenta que você simplesmente não tem coragem de aplicar as sugestões deste manual, então seja MAIS MIMIZENTO QUE ELA. Pare de jogar, pare de usar seu micro, mas demonstre uma visível tristeza, um abandono do prazer de estar vivo, um mimimi de primeira categoria. Mulheres mimizentas respeitam o mimimi e irão reconsiderar uma atitude mais positiva com relação a aquele que era o passa-tempo que deixava seu companheiro tão feliz.



(God Like) Para jogatinas de emergência: Se você TEM que jogar em determinado dia (campeonato por exemplo), mas não teve tempo de aplicar as sugestões do manual, aplique o método “Patrolaum”. Chegue em casa batendo a porta, bufando, nervoso, veia do pescoço saltando, vá entrando e jogando a roupa pela casa, meia em cima da tv, sapato direito num canto, esquerdo no outro, e vá narrando um problema qualquer esbravejando ao vento (tipo um hyper problema em seu trabalho, onde você está prestes a perder o emprego ou qualquer desgraça do tipo)… quando o clima estiver beeem pesado dê um grito de estravazamento, sente-se em frente ao computador e diga: “Preciso descarregar essa raiva”. Coloque o fone de ouvido e jogue. Se tem uma coisa que qualquer esposa sabe é que, quando o marido dá pití, melhor deixar passar. Mas não fique muito tempo! Essa tática tem efeito curto e só serve para emergências. Sua mulher logo vai reparar que você se acalmou e começou a se divertir! Quanto mais tempo mantiver o teatro de “homem raivoso desesperado” mais tempo poderá jogar.



(Supreme Commander) O seguidor: Se vocês já tem um filho, filhos, ou sua mulher ficou grávida recentemente, prepare-se para o jogo da vida em sua dificuldade máxima. A meta aqui é não transformar o jogo em um inimigo dos esforços de sua mulher em lhe aproximar da paternidade. E sua mulher fará o máximo para interpretar seu jogo como uma “distração infantil de suas novas responsabilidades”. Eis que surge a abordagem do “Seguidor”. Seu filho, sua imagem e semelhança não deve ser privado deste prazer, mesmo em seus primeiros goles de leite. Tudo que não seja trocar fralda ou dar de mamar, PODE ser feito na frente do seu computador, jogando. Afinal, tudo que não é trocar fralda e dar de mamar, é segurar o filho com cuidado no colo. E quando você joga, você fica quietinho, um lugar perfeito para manter o bebê. Após esta primeira fase, inicia-se a virada. O momento oportuno em que seu filho tem coordenação suficiente para clicar um mouse. Neste dia mágico, em que seu filho estiver jogando, no seu colo, sua mulher terá uma de duas reações:



A) “Que lindos, pai e filho brincando juntos”



B) “Maldito, já tá viciando o moleque”



Mas não se preocupe com a opção B. Se sua mulher escolheu este caminho, ela terá a questão do “Seguidor”, seu filho, e nenhuma mulher suporta a idéia de manter-se brigada com marido e filho pela mesmíssima razão. Ela logo verá que está sendo “a rabugenta da história” - mulher odeia isso. Mais uma vez, não demonstrem fraqueza, e não forneçam munição psicológica para as adversidades.



O caso negativo e as Contra-Medidas

Prepare-se: Cada implementação destas acarretará em conseqüências, na maioria dos casos positivas, porém, em alguns casos, certos tipos de mulher irão ativar contra-medidas para anular seus esforços. As contra-medidas mais conhecidas são:



A) Mimimi



B) Falar bem dos maridos das amigas



C) Ter um filho



D) Entregar todas as funções relacionadas ao filho que vocês já tem, à você



E) Ir para casa da Mãe



F) Chifre (COMBO MEGA MONSTER BLOODY BRUTALITY)





Suas táticas devem adaptar-se a estas reações, a exceção, claro, do caso F (chifre) em que você tem duas escolhas: aceitar ou chutar. Para os demais casos, basta aplicar leves variações das abordagens estudadas neste manual, inteligente e subjetivamente.



Amigos, nenhum conselho é garantia de sucesso, mas ignorar todos é garantia de derrota. Espero que alguns destes conselhos, mesmo que apresentados por meio de brincadeira, sirvam para tornar suas vidas mais fáceis e equilibradas, com companheiras mais compreensivas, em relacionamentos onde ambos possam desfrutar daquilo que gostam, em medidas saudáveis e sem repreensões desnecessárias.

MOTIVOS PARA UM JOGO IR PARAR NO LIXO

Não lembro em que post eu já disse isso, mas repito aqui: a vida é curta. O tempo é mais curto ainda. Em oito anos, no máximo, meu filho vai estar me esculachando em qualquer partida que não seja cooperativa. Em vinte anos eu não terei mais reflexos nem pra jogar Paciência no Windows 28. A lista de jogos aguardando uma chance em meus CDs/DVDs é quilométrica. E a lista de jogos interessantes lançados a cada ano não pára de crescer. Vai ter jogo que vai ficar pra trás, vai ter jogo que vai acumular poeira e muitos, muitos vão parar na lixeira dos jogos rejeitados.
Meu problema seria menor se eu jogasse apenas os mais badalados títulos, aqueles que todo mundo fala, que são capas de revista, que aparecem no Fantástico, que saíram com a Paris Hilton etc. Mas, como já disse Nélson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”. Título badalado não é sinônimo de jogo maravilhoso, título obscuro não é sinônimo de jogo ruim. Assim, eu me obrigo a experimentar todo jogo que consigo obter e que tenha a mais remota possibilidade de me agradar.
Com tantas opções abertas, o critério de seleção precisa ser rígido. O teste dos quinze minutos é fundamental: se, em quinze minutos, o jogo não empolga ou não promete empolgar, desinstalação nele! Passado o teste, outros mecanismos de avaliação entram em cena. Nenhum deles é determinante para eu me irritar, mas uma combinação de dois ou mais fatores é garantia de morte:



Dificuldade Extrema

Não tenho tempo. Repito: não tenho tempo para tentar mil vezes a mesma corrida/luta/batalha. Quando eu era adolescente eu podia ficar dias inteiros jogando horas seguidas, o que contribuía para eu ser um jogador melhor, mais ágil, mais safo e mais paciente. Isto agora é passado. Então, por favor, não me venha com um jogo focado em combos impossíveis, reflexos de ninja ou esmagamento maciço de botões.
E porque um desenvolvedor lançaria um jogo sem nenhum controle de dificuldade?! Eles realmente acreditam que todo jogador é igual? Um jogo sem nível de dificuldade certamente será muito fácil para alguém e muito difícil para outro alguém, com variações no meio. É segregar uma fatia muito grande do público, que vai ficar insatisfeita de um jeito ou de outro com o produto.
E o que fazer quando o jogo exige uma habilidade e não apresenta os meios para sua execução? Return to Castle Wolfenstein pode ser um marco na história das engines gráficas e um retorno em grande estilo ao universo do primeiro FPS criado. Pode ter uma ambientação apavorante, com inimigos inteligentes e sustos a cada esquina. Pode até mesmo juntar no mesmo jogo os dois dos oponentes mais legais de se detonar em um jogo: zumbis e nazistas. Entretanto, perdeu meu respeito quando pediu que eu infiltrasse meu avatar sem que o inimigo percebesse. Infiltração? Tudo bem, já joguei Thief e Hitman, estou acostumado. Mas como os designers da id Software pretendem que eu me infiltre em RtCW sem a opção de me esconder nas sombras, sem meios de andar sem barulho, sem um medidor de visualização do inimigo, enfim, sem qualquer sistema integrado ao jogo para isto? Tente se infiltrar em Quake ou Doom, é a mesma coisa! E não havia como cumprir a missão de outra forma. Criatividade? Improviso? Não importava o que eu fizesse, algum nazista percebia minha presença como mágica, corria para acionar o alarme e o nível recomeçava. Em Hitman, pelo menos, eu ainda poderia completar o cenário matando tudo que aparecesse.
Isto não significa que um jogo difícil não possa me cativar. Baldur’s Gate 2 foi um desafio (principalmente para quem não conhecia – e ainda não conhece – as regras de Dungeons and Dragons), Gothic possuía um esquema de controles incomum, os jogos de skate Tony Hawk exigem uma agilidade dos dedos ímpar e Metal Gear Solid é matematicamente impossível de jogar por mais de dez minutos sem um reload. Os dois primeiros jogos fazem parte da minha lista de favoritos e os dois últimos, ainda que não os tenha concluído, são boas lembranças.



Não Poder Salvar

Como assim, eu não posso salvar onde eu quiser?! Vou dizer de novo: não tenho tempo! Se eu tiver que sair, se eu tiver que atender o telefone, se eu tiver que lavar a louça ou trocar a fralda da criança, eu vou querer salvar o que eu joguei e ponto final! Esta mecânica foi trazida aos jogos de computador vinda dos consoles, onde uma limitação técnica impedia que o jogador salvasse a qualquer momento. PCs nunca tiveram este problema, mas os desenvolvedores trouxeram esta mentalidade consigo.
Então, nestes casos, o jogo assume esta responsabilidade e salva em determinados pontos (os famigerados “checkpoints”) que considera importantes ou o jogador precisa alcançar determinado lugar no cenário e escolher salvar. Em muitas situações, estes pontos estão muito afastados uns dos outros e o jogador, em caso de força maior ou em caso de game over, precisa jogar novamente um enorme pedaço (às vezes chato) de jogo antes de voltar ao ponto em que parou ou perdeu.
Somando este problema com o problema acima, da dificuldade extrema, temos como resultado um jogo desgastante. FarCry, com todos os seus gráficos exuberantes e sua inteligência artificial de assustar, elevou minha frustração à enésima potência e jamais passei do primeiro save point. Ainda que tenha gostado do jogo! Idem para Cold Fear, com sua ambientação inovadora e seu enredo assustador, destruído por uma dificuldade ascendente e um sistema de salvamento irritante.
Dead Rising, para Xbox 360, chega ao extremo de permitir um único save game por partida! Isto não é um problema do console. Foi uma decisão do criador do jogo. Ele acredita que, com este sistema, os jogadores sentiriam que existem consequências para suas ações e seriam forçados a fazer decisões táticas e rápidas. Imagino que ele não tenha outro compromisso na vida a não ser ficar horas sentado jogando Dead Rising.
 A habilidade de salvar em qualquer ponto é mais do que uma oportunidade de parar de jogar. É uma ferramenta na mão do jogador. Se a tecla quick save nunca esfria no teclado, o problema é do jogador. Se o jogador usa cheats ou guias, novamente o problema é dele. O criador do jogo não pode vir na minha casa, segurar o meu mouse e dizer: “jogue assim, o jogo é meu”.
Mais uma vez, este problema não impede que um bom jogo se destaque. Silent Hill 2 sofre deste mal herdado do PS2, The Thing por muito pouco não foi concluído por mim devido a uma batalha enlouquecedora. E ambos fazem parte da minha lista de favoritos. Estou com Painkiller parado há meses no meu computador por causa de uma sucessão de três saltos que precisam ser executados. Ano passado eu consegui pular o primeiro fosso depois de vinte tentativas e salvei. Trinta tentativas depois, eu desisti do segundo fosso. Em abril deste ano, tentei novamente e, após dez tentativas, cruzei o segundo fosso. Salvei. Morri no terceiro fosso. Tentei, tentei e tentei transpor o maldito buraco. Morri. Desisti. Até o final do ano, eu consigo e completo o jogo (espero). Como eu conseguiria fazer isso se o jogo tivesse um esquema de save points? Ou apenas um save? Só não mando Painkiller pro lixo porque o real valor dele está acima destes obstáculos. Outro jogo qualquer teria ido pro lixo. ATUALIZAÇÃO: Painkiller FOI pra lixeira...



Bugs

Se a Adobe lançasse uma versão do Photoshop com metade dos problemas que povoam um jogo mediano, eles já teriam sido substituídos no mercado. Bugs estão em toda parte na indústria dos jogos eletrônicos. Mas alguns transformam o prazer do jogador em pesadelo. Inimigos que não podem ser derrotados, fechamentos abruptos, missões impossíveis de completar, gráficos que desaparecem, tudo isto pode enterrar a reputação de um jogo.
Tomo como exemplo o grande Legacy of Kain: Soul Reaver. Vendido em bancas de jornais no Brasil, o jogo apresenta uma ampla gama de qualidades: excelente dublagem em português, história envolvente, gráficos de tirar o fôlego (para a época), uma trilha sonora arrebatadora e vampiros. O jogo era difícil, mas isto não me impediu de seguir em frente. O jogo não permitia salvar em qualquer ponto, mas isto não me impediu de seguir em frente. O jogo tinha bugs incontornáveis, e isto foi a gota d’ água. Eu apliquei todas as atualizações existentes, reduzi as configurações, fiz promessa e acendi incenso para “limpar o ambiente”. Mas Soul Reaver insistia em fechar sem aviso, em perder a sincronia do som, em esquecer em que ponto da trama eu estava. Com grande pesar, fui obrigado a desinstalá-lo.
Outro jogo que quase foi para o lixo devido aos bugs foi Elder Scrolls III: Morrowind. Quando o jogo foi lançado, ele era pesado demais para minha máquina. Os anos se passaram, eu troquei de máquina e o jogo continuou pesado. E trava como uma mula empacada. Se eu jogar no modo tela cheia, não tem salvação, ele não fecha de jeito nenhum e a única rota de fuga é apertar o botão de reset do computador. Condicionei-me a jogar em modo janela (é o único jogo que eu rodo desta forma), logo, se ele parar de responder, eu ainda posso usar o bom e velho Ctrl+Alt-Del para matar o processo no Gerenciador de Tarefas. E como pára de responder este jogo! É praticamente impossível jogar mais de uma hora sem um travamento. Talvez a culpa seja dos vários mods acoplados ao jogo, mas, acredite, eu já tentei cada um dos métodos, aplicativos externos, ajustes no config mencionados em cada fórum existente e o problema nunca se resolve. Se não fosse pelo seu charme inerente, Morrowind seria carta fora do baralho.



Peso da Idade

A idade não chega apenas para jogadores e personagens, ela chega também para produtos. É duro admitir, mas eu cheguei atrasado na festa. Perdi os embalos de Ultima, Zork, Terminator, Day of Tentacle, Darkseed, Out of this World e até Myst. Eu tentei experimentar estes clássicos do passado, mas, mesmo aqueles que ainda consegui fazer rodar em máquinas modernas, eles simplesmente não faziam sentido. Pertenciam a um outro momento da história. Não seria possível sentir por eles o mesmo deslumbramento de seus contemporâneos, no máximo um leve sorriso de simpatia e uma nostalgia de algo que não vivi.
Não se trata aqui de gráficos. Doom, com sua limitada paleta de cores, pode ser tão (ou mais) divertido que um shooter moderno. Nem de enredo: há mais trama em Zork do que na maioria dos chamados RPGs atuais. É algo mais intangível. Talvez seja o chamado “valor agregado” (ou falta dele). A sensação de se estar andando para trás, talvez?
Imagino que para os jogadores mais novos, que cresceram ao som dos tiros de Counterstrike e congêneres, Blood deve parecer um refugo de um passado que não irá voltar tampouco. É uma pena.
Porém, isto não me impediu de completar Doom quase dez anos depois de seu lançamento ou fechar um campeonato em Need for Speed 2 logo depois de ter fechado NFSU. E consegui chegar até o combate espacial(?!) em Ultima...
Meus próximos alvos são justamente dois jogos antigos: Conan – The Cimmerian (1991) e Marathon 2 (1996). O primeiro pode ser a resposta para a minha busca por um jogo de Conan que valha a pena (e não seja MMORPG!) e o segundo é dos primeiros trabalhos da Bungie, criadora de Halo.

Inteligência + Sucesso = Inveja²

Bem caros leitores, hoje estou aqui pra desabafar sobre algo que me aconteceu durante essa manhã.
Descobri hoje por mim mesmo que meu sucesso e inteligência me custaram muito caro: A Inveja e a Maledicência de terceiros...
Pois é, leitores, agora estamos proibidos de sermos bons naquilo que fazemos e fazermos realmente bem aquilo a que nos propomos a fazer...
Pessoas que não tem coragem ou caráter para obter um mínimo de respeito alheio, gastam seu tempo e sua escassa inteligência tentando escurecer o brilho e a trajetória de outros. Seres que por infelicidades mil, nunca irão alcançar nada além de um sub emprego em algum lugar esquecido pela civilização, se divertem ao tentar afundar e difamar pessoas como eu e vocês...

Mas sabem o que é pior???

O pior, é que algumas pessoas de boa fé preferem ainda acreditar nessas pessoas de intelecto curto e talento profissional zero.
Não falo de amigos ou contatos profissionais, caros leitores, falo de FAMÍLIA senhoras e senhores leitores.
Mas pior ainda é dizer, estou acostumado com isso...
Já há algum tempo que eu sou obrigado a aguentar coisas assim, seja na vida profissional ou na vida acadêmica. E não estou falando apenas de mim, estou falando de muita gente mesmo. Pessoas que como eu, conquistaram um certo prestígio em suas comunidades e círculos profissionais e de amigos, e de repente notam que estão sofrendo retaliações ao simples fato de sermos um pouco melhores do que a média ou então sermos melhores relacionados com as pessoas do que nossos ditos "rivais" (que não têm competência alguma para tanto, seria exigir demais deles).
Se fazemos sucesso profissional, seremos taxados de bajuladores e puxa-sacos...
Se nossos professores e mestres gostam de nossa dedicação e atenção aos assuntos acadêmicos, também seremos taxados de puxa-sacos e bajuladores...
Se as mulheres gostam de conversar com a gente, devido ao nosso grau cultural e ausência de segundas e terceiras intenções, logo alguém arruma um jeito de inventar q somos gay ou algo do tipo...
Se durante uma festa, a gente bebe, já ganha a fama de manguaceiro...

Então, caros leitores, fica aqui uma dica: não façam sucesso e sejam como a massa.
Ou então façam como eu, continuem sendo como são. Pois prefiro ser invejado do que um derrotado!

Já dizia um professor meu: "A inveja é apenas o indicador do quanto você é bom. As pessoas só sentem inveja daqueles que não podem ser superados."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Manoel Carlos - O retorno

Como alguns leitores do meu antigo blog já sabem, sou um partidário radical do movimento "FORA MANOEL CARLOS". Agora vou requentar um post de outubro de 2009...


Um título lindo, porque a vida é linda, não é mesmo, minha gente? O Leblon é lindo, ser rico é lindo, todo mundo é lindo. Segundo o autor, ele não procura retratar a realidade das pessoas, mas algo muito verossímil (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA) à ela.

 Mas, para o espanto geral da nação, a nova trama não se passa totalmente no Leblon (todos choram). Tem umas externas em Búzios, nova inspiração (ai!) do autor. Mas, pra quem ficou triste com a linha de cima, é ÓBVIO que o Leblon servirá para fugir da rotina de Búzios (todos comemoram).



Como todos sabem, tudo acontece no Leblon. A Helena é sempre um porre que tomanocu a novela inteira e no último capítulo tem um final feliz. Aliás, nunca perca o último capítulo, porque é sempre onde 10 dos 11 casais da novela se casam. Porque o casal gay não se casa. É contra a moral e os bons costumes do brasileiro, né? (destilando uma ironia bááááásica)

Enfim, segue uma lista do que o grandioso escritor Maneco (sou íntimo, ok?) possa ter esquecido nessa nova novela. Sabemos que uma coisa ele já esqueceu (alzheimer): Regina Duarte como protagonista.

Se eu escrever muitas vezes a palavra “realidade”, não ligue. Só quero enfatizar o que o autor chama de real.



1. Helena: isso ele não esquece. Pobre, Regina Duarte, desempregada há tanto tempo e nem o Manoel Carlos quis dar outra chance pra essa brilhante atriz. Uma pena.

2. Duas primeiras semana da novela em algum país da Europa: é sempre assim. Mostram a boa vida de pessoas que não têm mais nada pra fazer e estão lá a passeio. Um porre, porque aparecem ceninhas mela-cueca bem ao estilo novela mexicana. Passeios no Louvre, felicidade radiante, preocupação ZERO. Ah, claro, todos os brasileiros olham pra isso e pensam: “Sou eu retratado ali”. Claro.

3. Abertura da novela de Tom Jobim: Bossa Nova foi uma das piores contribuições musicais à história da música mundial. Mas essa é realidade musical brasileira, segundo Manoel Carlos. É a música que toca em todos os carros dos LEKS que passam nas ruas com o som no último volume: Garota de Ipanema no Pancadão. É triste pensar que falar mal de Bossa Nova seja heresia na moralista sociedade brasileira: “É a cultura brasileira. Falar mal da Bossa Nova é um ultraje a todos os brasileiros. Inaceitável.” Tá, senta ali, Cláudia. É um estilo de música que é feita pra dormir, pra tocar em dentista enquanto ele extrai um dente seu, em salas de espera, antes de ser eletrocutado na cadeira elétrica…

4. Um país chamado Leblon: O Leblon é o mundo. Manoel Carlos entende tanto de Brasil como a Glória Perez entende de cultura estrangeira. Lá é o paraíso. Todos acordam bem humorados, tomam aquele café especial, nunca há nuvens no céu, o Sol está sempre radiante… perfeito para ir pra praia numa quarta-feira.

5. Ninguém trabalha: Recheado de madames e dondocas, o legal é viver a vida na high-society, falar mal dos outros e trair o marido. E, claro, andar no calçadão. O núcleo trabalhador não precisa ir muito longe não. Geralmente eles têm uma livraria, um restaurante, um barzinho cult, uma galeria de arte… todos os lugares onde o Maneco possa introduzir a trilha sonora de Bossa Nova ao fundo sem que pareça estranho. No Leblon.

6. Empregadas sempre uniformizadas, estereotipadas e intrometidas: eu sempre peço pra a mulher que vem limpar aqui em casa por um uniforme. O que meus convidados acharão se ela estiver com uma roupa qualquer? Que ela é de casa? Bem-vindo ao mundo mágico de Manoel Carlos. Sem contar que todas elas têm o mesmo estereótipo: são nordestinas ou negras e adoram dar pitacos na vida da patroa.

7. Doutor Moretti: tem que ter um núclero médico na novela. O doutor Moretti ou é o médico da família ou é o médico-chefe ho hospital.

8. Presença em todos os capítulos de Diálogos Macabéicos Infundamentados.

9. Bons livros, bons vinhos, boa comida, boa música: os atores são apreciadores natos da boa vida. Não curtem churrasco na laje com cadeiras de plástico e espetinho de gato. O máximo de pobreza que a novela chega é quando a empregada vai “siacabar” num pagode.

10. Criança insuportável: um jovem ator mirim que acaba com o futuro de sua carreira ao atuar em uma novela de Manoel Carlos. São irritantemente insuportáveis e não conseguem outros papéis.

11. Passeatas de ricaços pelo fim da violência ou de qualquer tema que esteja sendo abordado na novela: COMOVENTE.

12. Dica cultural “despretensiosa”:

"Helena: Betina, vamos passear no calçadão?
Betina: Não, não posso. Hoje vou comprar os ingressos para o espetáculo Hairspray, aqui mesmo no Leblon. Dizem que é ótimo. Quer que eu compre pra você?
Helena: Claro, amiga. Vamos juntas. Estou empolgadíssima."


13. Gêmeos: tara de Manoel Carlos. O RedTube revelou dados dos usuários e o IP do Manoel Carlos era o líder na busca por “hot twins” lá. Eu, hein.

14. Galãs que são passados pra trás pelo grande pegador José Mayer: não importa se o cara é o Rodrigo Santoro, o Reynaldo Giannechini ou o Rodrigo Hilbert. O José Mayer vai traçar no mínimo 5 mulheres gostosonas na novela e os bonitões vão ficar chupando o dedo ou vão ser obrigados a pegar a filha do Manoel Carlos.

15. Depoimentos reais de problemas sociais com tentativa de lição de moral: a novela para, os atores somem e aparece um depoimento de uma tiazinha que acordou toda babada ouvindo Côncavos e Convexos do Roberto Carlos. Em seguida, ela conta o problema pessoal dela, que, claro, está sendo retratado pela novela. Ô, dó. Nunca surtiu efeito em ninguém.

16. Casal gay: os únicos que não se casam no último capítulo da novela.

17. Vou viajar pro exterior, quero comprar uma BMW, quero comprar uma casa em Búzios: tudo isso é feito em questão de segundos. Compram as coisas como se tivessem comprando um chiclete na padaria.

18. Atrizes que fazem papéis de insuportáveis e são confundidas com vilãs: nas novelas dele não existe vilã ou vilão. Quem chega mais perto são as que pegam o marido das outras. Condenável.

Aí, depois de tudo isso, você diz: mas eu não assisto novela, então, dane-se ele. Realmente, eu também não assisto, mas é novela… sua mãe não perde um capítulo. Você, quando menos espera, senta pra jantar na sala, assiste um mísero capítulo e já sabe de tudo que tá acontecendo na trama super genial desse sensacional autor.

sábado, 3 de outubro de 2009

Com ou sem pegada?

Essa pergunta vêm me tirando o sono há algumas semanas já.
Sempre fui um cara de pegada, adepto do beije primeiro e elogie depois. Não tenho paciência pra esses modismos de metrosexual, não gasto nem dois minutos na frente do espelho.
Agora me vem um jornalista do The Sun e publica uma reportagem dizendo que os homens ditos "sensíveis" tem mais chance de sucesso com as mulheres do que os assim chamados "homens de pegada", era a gota que faltava....
Não estou qrendo competir com um metrosexual fã do Brad Pitt, pelo contrário, cada um tem sua preferência e seu estilo mas, daí a dizer que eles são quase unanimidade??? É ridículo pra dizer o mínimo...
Agora vamos a análise dos fatos: uma mulher que trabalha o dia todo, cuida dos filhos, ainda chega em casa e tem q aturar marido em crise existêncial ou pior, despejando suas crises em cima da pobre coitada??
Sinto muito, Beckham's da vida mas a resposta é: NÃO!
Uma mulher cansada precisa nesses momentos é de um cara que alivie suas tensões e fadigas (caaaalma, eu falo de sexo mais pra frente, aqui eu to falando de atenção básica), alguém que a abrace e lhe faça sentir protegida, alguém que lhe pergunte o que está havendo e que tente achar uma solução e não alguém que tb vá se desfazer em lágrimas ante os problemas que ela apresenta.

E AGORA vamos ao relacionamento corporal direto (caaaaalma puritanos de plantão, sem pornografia nesse blog): duvido que exista uma mulher que não goste de uma pegada firme, um olhar forte ou um beijo bem dado. Já dizia um sábio que eu conheci: "Se vc a beija com muuuita delicadeza, cinco ou oito minutos após o beijo ela já se esqueceu d vc ou pior, achou seu beijo ridículo". Eu sou adepto do beijo corporal ou seja, ao invés daquele beijinho de colegial, o cara simplesmente puxa o corpo da mulher em direção ao seu e os dois se atracam em um beijo frenético e vigoroso, nada de beijocas meia rédea. Se é pra beijar, faça-a perder o folego e ter que lembrar de respirar...
Na hora das quatro paredes, faça direito, nada de frescuras ou modismos. Pare com essa mania de insegurança (Será q ela prefere assim??, Será que eu fiz direito??), se solte e veja a reação dela.
Não é por acaso que ela entra no quarto com medo de nós e sai desconcertada, com um sorriso que ela nunca viu no espelho ou em fotos.
Então, "Senhores da sensibilidade", o  homem de pegada não é um ogro sem cérebro ou um gorila machista, é um cara que sabe o que uma mulher precisa e que não tem melindre na hora de satisfaze-la

Sendo assim, encerro meu post com uma frase que define o que é preciso se ter pra ser um "Homem de Pegada":

"Ser como uma espada. Preciso como um laser. Ter uma mente com um foco pinpointed, olhar reto e agudo. Andar que não hesita, fala honesta e autêntica, sem artificialidades, sem manipulação. Ser straightforward, cru, direto e seco"